Histórico
As últimas décadas têm demonstrado um vertiginoso progresso tecnológico em inúmeras áreas do conhecimento. Nesse cenário surgiu a Tecnologia da Informação e Comunicações (TIC), oriunda da convergência dos conhecimentos das áreas de Comunicações, Eletrônica, Informática. O avanço da microeletrônica e da tecnologia das comunicações em escala global, acompanhado do advento e da posterior popularização da rede mundial de computadores (Internet), proporcionaram a integração das áreas anteriormente citadas.
Atento às mudanças tecnológicas, o Exército Brasileiro tem acompanhado a evolução da TIC por meio da transformação de sua estrutura organizacional. Essa transformação permitiu, nas últimas duas décadas, a integração das atividades de Comunicações, Eletrônica, Informática e Cartografia do Exército, buscando a otimização da implantação e do funcionamento do Sistema de Comando e Controle do Exército (SC2Ex), bem como a crescente informatização da Força Terrestre.
As origens dos Centros de Telemática de Área (CTA) e dos Centros de Telemática (CT), dentre os quais se inclui o 52º CT, remontam a 14 de março de 1997, quando o Ministro de Estado do Exército, por meio da Portaria nº 140, resolveu transformar, a partir de 1º de julho de 1997, as antigas Seções do Serviço Rádio do Ministério do Exército e os Centros de Informática de algumas Regiões Militares em CTA e CT, sendo que estes últimos, ainda na forma embrionária, foram denominados núcleos de CT. Particularmente no caso do 52º CT, a Portaria nº 140 estabeleceu a transformação, a partir de 1º de julho de 1997, da Seção do Serviço Rádio da 10ª Região Militar no 52º Centro de Comunicações, bem como a ativação do núcleo da nova Organização Militar, com sede na cidade de Fortaleza, subordinando-a ao 5º Centro de Comunicações e Telemática de Área (Recife-PE) e vinculando-a administrativamente ao Comando da 10ª Região Militar.
No ano seguinte, com a reestruturação da Tecnologia da Informação no âmbito do Exército, estabelecida por meio da Portaria nº 131 do Ministro de Estado do Exército, de 13 de março de 1998, a denominação da Organização Militar foi alterada de 52º Centro de Comunicações para 52º Centro de Telemática, porém mantendo a subordinação ao 5º Centro de Telemática de Área (Recife-PE) e a vinculação administrativa ao Comando da 10ª Região Militar.
Em 31 de março de 2001, com a edição da Portaria nº 120, de 23 de março de 2001, do Comandante do Exército, o 52º Centro de Telemática deixou de ser núcleo e foi definitivamente ativado, tornando-se uma Organização Militar com vida própria e iniciando oficialmente suas atividades em 1º de julho de 2001.
Em 14 abril de 2003, foi realizada e presidida pelo Exmo Sr Gen Ex Virgílio Ribeiro Muxfeldt, Comandante Militar do Nordeste época, uma formatura onde foi efetivada a passagem das instalações do antigo 10º Grupo de Artilharia de Campanha, feita pelo Cel Art Guilherme Cals Theóphilo Gaspar de Oliveira aos então responsáveis pelo Aquartelamento General Tibúrcio (AGT), formado pelas seguintes Organizações Militares: 25ª Circunscrição de Serviço Militar, 52º Centro de Telemática, 10ª Companhia de Guardas, e ainda pela Seção Regional de Obras da 10ª Região Militar (SRO/10).
Subordinado diretamente ao Centro Integrado de Telemática do Exército (CITEx), o 52º CT possui como missão síntese proporcionar as bases física e lógica para o funcionamento seguro dos sistemas estratégicos de Telemática do Exército Brasileiro, no âmbito da 10ª Região Militar (10ª RM). A Organização Militar ocupa o pavilhão da antiga 2ª Bateria de Obuses do 10º Grupo de Artilharia de Campanha, cuja construção foi concluída em 1973.
O 52º CT nasceu vocacionado para o futuro: a rápida evolução da TIC; a crescente demanda por serviços de Tecnologia da Informação e de suporte ao funcionamento do Sistema Estratégico de Comando e Controle do Exército (SEC2Ex), no âmbito da 10ª Região Militar; o advento da Estratégia Nacional de Defesa (END), que elencou o setor cibernético como estratégico para o País; a aprovação, pelo Comandante do Exército, no ano de 2014, da Concepção Estratégica de Tecnologia da Informação (CETI) e do Plano Estratégico de Tecnologia da Informação (PETI), alinhados com a Sistemática de Planejamento do Exército (SIPLEx); e as crescentes e cada vez mais complexas ameaças no ciberespaço não deixam alternativa aos integrantes do 52º CT senão a de, com base no legado dos seus antecessores, enfrentar os desafios de hoje e se antecipar e se preparar para enfrentar os que se anunciam para o futuro.